quinta-feira, 23 de abril de 2009

O JEITO SERRA DE GOVERNAR:O POVO QUE SE EXPLODA




23 DE ABRIL DE 2009

Mirando 2010, Serra evita aderir ao programa Minha Casa


Enquanto a maioria dos estados busca formas de ampliar a participação no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, com o qual o governo federal pretende construir 1 milhão de moradias em todo país, o governo de São Paulo, comandado por José Serra (PSDB), tenta de todas as formas criar obstáculos para que o programa seja adotado em São Paulo. Estado que, é bom lembrar, concentra o maior déficit habitacional do país e já tem mais de meio milhão de famílias inscritas na fila à espera da casa própria.

O Plano habitacional do governo federal prevê que o Estado de São Paulo tenha o maior lote de moradias. Estão previstas no programa do governo federal 183.995 casas ou apartamentos só para o Estado de São Paulo. O déficit habitacional é bem maior em São Paulo que em qualquer outro Estado do Brasil. Faltam 1.478.495 moradias no Estado.

Segundo observadores da política paulista, a postura do governador Serra "é puro jogo eleitoreiro, com vistas exclusivamente a 2010". Serra estaria incomodado com o fato do governo federal ficar com os "bônus" do programa, chefiado pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, possível rival de Serra nas eleições presidenciais de 2010.

Os argumentos levantados pelo governo paulista contra o programa são de ordem burocrática. Serra quer que a verba destinada ao programa seja administrada pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano), para, através dela, fazer os contratos com as construtoras e o gerenciamento das obras.

Para a opinião pública, o tucano usa como desculpa para não aderir ao programa que não concorda que o Estado só doe o terreno e cadastre as famílias. Ele quer, também, participar da construção dos imóveis.

Na verdade, os tucanos reivindicam o dinheiro porque a CDHU contingencia recursos para o superávit do Estado.

Para a secretária nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, as condições impostas por São Paulo para aderir ao "Minha casa, minha vida" não são consistentes. Segundo ela, o programa federal não prevê esse repasse de verba, reivindicado pelo governador José Serra, para que Estados e municípios façam a construção dos imóveis.

Nesse programa habitacional de 1 milhão de casas, a prioridade é construir do zero para gerar emprego. "Os Estados podem continuar com seus programas (habitacionais) e ainda aderirem ao Minha casa, minha vida", explica a secretária ao rebater outra justificativa do governo paulista: a de que através de sua empresa de habitação já se constrói residências em São Paulo.

"Já há R$ 1 bilhão de recursos do PAC disponível para a CDHU", lembra ela, mostrando que a companhia habitacional paulista (leia nota acima) já é contemplada com recursos do governo federal.

Pelo programa federal, as construtoras privadas recebem os recursos para a construção das casas mediante projetos aprovados pela União. Os imóveis são financiados para famílias com renda de até três salários mínimos (R$ 1.395, atualmente), que pagarão prestações equivalentes a R$ 50,00 (hoje) por 10 anos.

Na interpretação do deputado estadual Simão Pedro (PT), coordenador da Frente Parlamentar de Habitação e Reforma Urbana paulista: "a atitude do Estado é política, e não técnica. Serra evita a adesão por considerar que o programa dará visibilidade à candidatura (presidencial) de Dilma."


Da redação,
com agências

Vermelho Org.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Serra compra 220 mil assinaturas da Abril



14 DE ABRIL DE 2009 - 18h35


A cumplicidade entre os “barões da mídia” é algo impressionante. Primeiro, as blogs de Paulo Henrique Amorim e Luis Nassif, entre outros, revelaram que o governo de São Paulo comprou 220 mil assinaturas anuais da Revista Nova Escola, publicada pela Editora Abril — a mesma que produz a Veja, porta-voz dos tucanos e do “império do mal”.



Por Altamiro Borges, em seu blog


Na sequência, a denúncia chegou ao Congresso Nacional num pronunciamento contundente do deputado Ivan Valente (Psol-SP). Apesar da gravidade do assunto, que pode confirmar o conluio entre o presidenciável tucano e a revista de maior circulação no país, os jornalões e emissoras da televisão evitam abordar o caso.

No seu discurso, o deputado Ivan Valente informou que protocolou uma representação junto ao Ministério Público de São Paulo questionando o contrato firmado entre a Secretaria Estadual de Educação e a Fundação Victor Civita do Grupo Abril para a distribuição da revista Nova Escola aos docentes da rede oficial. Ele questiona o fato da milionária aquisição ter sido realizada sem licitação pública e do governo estadual ainda ter repassado à empresa privada os endereços dos professores, sem qualquer comunicado ou pedido de autorização dos mesmos, o que é ilegal.


Contrato de R$ 3,7 milhões


“Nenhuma consulta a respeito de qual publicação melhor atenderia às necessidades pedagógicas para o exercício de sua atividade profissional foi feita aos professores. Parece mais razoável que haja assinaturas de vários títulos de revistas, assegurando a maior pluralidade possível de pontos de vista no debate educacional e a livre escolha do professor... Cabe questionar também o porquê do fornecimento do mesmo título para professores de diferentes séries e modalidades, que variam da primeira série do ensino fundamental à terceira do ensino médio. Esta opção deliberada desconsidera as particularidades dos profissionais de educação”, acrescentou o parlamentar.

Segundo a denúncia, o contrato representa quase 25% da tiragem total desta revista e garantiu à empresa R$ 3,7 milhões. “Este, porém, não é o único compromisso existente entre a Secretaria de Educação e o Grupo Abril. Outro absurdo, que merece ação urgente, é a proposta curricular que reduz o número de aulas de história, geografia e artes do ensino médio e obriga a inclusão de aulas baseadas em edições encalhadas do Guia do Estudante, também da Abril. Cada vez mais, a editora ocupa espaço nas escolas de São Paulo, tendo até mesmo publicações adotadas como material didático. Isso totaliza, hoje, cerca de R$ 10 milhões de recursos públicos destinados a esta instituição privada, considerado apenas o segundo semestre de 2008”.

Para Ivan Valente, o governo tucano tem uma “preferência deliberada pela editora contratada... São claros os indícios de crime contra a administração pública. A assinatura do contrato feriu os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência, além do que feriu o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, na medida em que há benefícios para a Fundação Victor Civita e prejuízos aos cofres públicos. É isto que esperamos que o Ministério Público investigue, assim como solicitamos que tome as providências legais cabíveis para fazer cessar imediatamente o pagamento das próximas parcelas do contrato”.


Enviado pela amiga Nancy Lima.

sábado, 4 de abril de 2009

TUCANOS SÃO DENUNCIADOS


MP move ação contra ex-diretores da Nossa Caixa
Por Fernando Porfírio

Quatro ex-diretores da Nossa Caixa e duas agências de propaganda estão sendo acusados de ferir a Lei de Licitações por executarem contratos fora do prazo legal. Eles foram denunciados à 12ª Vara da Fazenda Pública da Capital paulista por danos ao erário. O Ministério Público alega irregularidades em contratos de publicidade firmados em 2002.
A ação de improbidade administrativa pede que os supostos envolvidos sejam condenados a ressarcir R$ 49,2 milhões aos cofres públicos. Esse valor seria, aos olhos da Promotoria, correspondente ao que foi gasto sem amparo legal. É necessário que a Justiça receba a ação para então intimar os acusados a apresentar defesa.A ação foi proposta contra Valdery Frota de Albuquerque, na época presidente da Nossa Caixa; Waldin Rosa de Lima, assessor informal de Albuquerque na presidência do banco; Carlos Eduardo da Silva Monteiro, ex-diretor jurídico da Caixa; Jaime de Castro Junior, à época gerente do Departamento de Marketing da Nossa Caixa, e contra as agências Full Jazz Comunicação e Propaganda Ltda. e Colucci & Associados Propaganda Ltda. Elas foram contratadas em 2002 para promover ações de marketing e de patrocínio da Nossa Caixa.Os promotores de Justiça Sérgio Turra Sobrani e Roberto Antonio de Almeida Costa sustentam que durante 21 meses foram aplicados recursos públicos em publicidade sem que houvesse amparo legal.
O valor gasto pelo erário, durante esse período, corresponderia a R$ 45,4 milhões.Segundo os promotores, os contratos entre a Nossa Caixa e as duas agências de propaganda foram firmados em 15 de março de 2002, pelo prazo de 18 meses, e deveriam ter vigência até 14 de setembro de 2003, mas foram executados até junho de 2005, sem prorrogação formal dos prazos.Além disso, de acordo com os promotores, durante a vigência do contrato, as duas agências prestaram serviços em valores 30,88% maiores que o total contratado, o que contraria a Lei de Licitações.“As irregularidades contratuais consistiram, ainda durante a vigência dos prazos contratuais, no acréscimo de quantitativos sem o indispensável aditamento, com a superação do limite legal, e a continuidade da prestação dos serviços após o término da vigência dos ajustes, sem prorrogação formal”, sustentam os promotores.Na ação, o Ministério Público pede a anulação dos atos administrativos que autorizaram a prestação dos serviços adicionais pelas duas agências sem aditamento formal.
O MP também quer que os quatro ex-diretores da Nossa Caixa — que autorizaram a prorrogação informal — e as duas agências sejam condenados a ressarcir o patrimônio público estadual no valor total de R$ 49,2 milhões, correspondente ao total dos valores pagos pelos serviços realizados sem amparo contratual.Os promotores pedem, ainda, a condenação de todos à perda de funções públicas que eventualmente estiverem exercendo, à suspensão dos direitos políticos pelo prazo de cinco a oito anos, e ao pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano, o que corresponde a R$ 98,5 milhões.

Para não esquecer: Reinaldo Azevedo e Memdonça de Barros foram citados neste esquema:
Túnel do tempo.

Escândalo da Nossa Caixa
Wikipédia: navegação, pesquisaO escândalo da Nossa Caixa foi o apelido de um suposto esquema de favorecimento do banco estatal Nossa Caixa, até então o terceiro maior banco público do país, na distribuição de algumas verbas públicas em favor de deputados ligados à base aliada durante o governo de Geraldo Alckmin em São Paulo [1].DenúnciaEm 2005 o Ministério Público do Estado de São Paulo recebeu denúncia anonima sobre irregularidades nas verbas de publicidade do banco Nossa Caixa, onde por um tempo de um ano e seis meses operou com contratos vencidos com duas agencias de publicidade, a Colucci & Associados Propaganda Ltda. e a Full Jazz Comunicação e Propaganda Ltda., no valor de R$ 28 milhões.
A denúncia acabou por dar inicio a uma sindicância interna no banco, sob ordens de Carlos Eduardo Monteiro, então presidente da Nossa Caixa, para investigar o erro administrativo. Em uma circular para a diretoria do banco, Carlos Monteiro informa que em 29 de junho de 2005 foi procurado por Jaime de Castro Júnior, então gerente de marketing da Nossa Caixa, que lhe informou de falhas na prorrogação dos contratos em tempo hábil por conta da burocracia legal. O resultado foi o afastamento de Castro e de uma funcionaria e a convocação de um novo edital no valor de R$40 milhões[2].
O banco após a conclusão da sindicância e o afastamento dos responsáveis, enviou o resultados da sindicância ao Tribunal de Contas Estadual. O banco ainda teria reclamado da politização do assunto no momento[3].A denúncia passou a ganhar caráter político após a obtenção de documentos pela Folha de S. Paulo, onde haviam indícios que o governo do estado havia interferido no Banco Nossa Caixa em favor de deputados aliados ao governo na Assembléia Legislativa paulista.
As verbas eram direcionadas principalmente para financiar anúncios em revistas e jornais dos aliados, como a rede de televisão Rede Vida e a revista Primeira Leitura. A responsabilidade destes contratos recai sobre Jaime de Castro Júnior, o ex-gerente de marketing do banco[4]. Alguns dos deputados beneficiados pela destinação irregular das verbas teriam sido: Wagner Salustiano (PSDB), Geraldo "Bispo Gê" Tenuta (PTB), Afanázio Jazadji (PFL), Vaz de Lima (PSDB) e Edson Ferrarini (PTB) [1] .
Com a quebra do sigilo da correspondência de Jaime de Castro Júnior, foi revelado que os pedidos de beneficio haviam partido de Roger Ferreira, então assessor-chefe de comunicação de Geraldo Alckmin, e também assessor da presidência da Nossa Caixa. Geraldo Alckmin exonerou Roger Ferreira após as denúncias, e Roger afirmou que "a comunicação da Nossa Caixa é de inteira responsabilidade da Nossa Caixa"[5].
O então deputado da oposição, Renato Simões, do PT, e seus aliados políticos passaram a insistir em uma CPI mas falharam depois de rejeição por parte da câmara de deputados estaduais do pedido de abertura da CPI feito por Enio Tatto, do PT, e a convocação de quatro pessoas suspeitas de envolvimentos nas fraudes do banco, entre elas Roger Ferreira, pois consideraram a demanda eleitoreira, a oposição por sua vez disse haver uma "operação abafa" no caso. Alckmin, então pré-candidato do PSDB a presidência da república para as eleições de 2006, declarou na ocasião: "Nenhum problema que a Assembléia investigue, chame as pessoas, abra CPI. O governo é absolutamente transparente"[6].
Em dezembro de 2005, o PT tentou impugnar no Supremo a norma que dificulta a criação de comissões de investigação na Assembléia, também sem sucesso na época [7], apesar que em meados de 2007, já durante o governo de José Serra, conseguiu a aprovação da anulação de alguns dispositivos do Regimento Interno da Assembléia.
Acckimin declarou que "O governo é absolutamente transparente" e que não se opunha às investigações [6]. Em entrevista, o ex governador Geraldo Alckmin declarou que os R$ 43 milhões gastos com publicidade sem amparo legal seriam um "erro formal" [9] A denúncia também foi tida como eleitoreira pela revista Época, devido a sincronia do anuncio da candidatura de Alckmin para presidência e a pressa do PT, seu concorrente político, em abrir uma CPI.[10].[editar]
Repercussões no banco Nossa CaixaEm 7 de abril de 2006, o PT paulista pediu o afastamento do presidente do banco Nossa Caixa, Carlos Eduardo Monteiro, por improbidade administrativa, protocolando representação na Procuradoria Geral do Estado[11].Monteiro, além das suspeitas de beneficiar empresas de mídia pertencentes aos integrantes da base aliada (PSDB-PFL), também era suspeito de participar no desvio de verbas em doação ao programa das padarias artesanais do Fundo de Solidariedade do Estado de São Paulo.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

JOSÉ SERRA DISCRIMINA PREFEITOS PETISTAS


31/03/2009 - MAUÁ

Declarações de Serra confirmam discriminação, dizem vereadores


Para o líder do governo de Mauá, declarações sobre problemas no Nardini são Irresponsáveis


As afirmações do governador José Serra (PSDB), nesta terça-feira (31/03) durante evento em São Bernardo, de que o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), deve “pegar o chinelo e matar as baratas do Hospital Nardini”, selam a teoria de que o tucano já iniciou uma discriminação com prefeituras petistas por conta da suposta candidatura à presidência a qual disputaria com o PT, de acordo com vereadores da cidade.

“Agora ficou declarada a diferenciação com prefeituras petistas”, disse o vereador Marcelo Oliveira (PT). O governador também confirmou que a AME (Atendimento Médico Especializado) será instalada em Santo André. “O prefeito Oswaldo disse que construiria um prédio para hospedar a AME, a saúde de Mauá não tem comparação com Santo André”, completou.

“Isso é uma falta de respeito com a cidade de Mauá. Uma irresponsabilidade e não deveria ser a postura de um estadista”, classificou o líder do governo, Rômulo Fernandes (PT). Para o parlamentar, a decisão de não se envolver com a saúde do município é política e visa interesses eleitorais.

Trabalho de defesa – Por entender que o Estado não deve ser o único salvador da Saúde pública de Mauá, o vereador oposicionista Manoel Lopes (DEM) apresentou duas moções em defesa do governador tucano, durante a sessão desta terça-feira (31/03). A primeira recomenda que o governo federal construa uma Universidade Federal especializada em Medicina, com hospital universitário, para aliviar o caos na Saúde. A segunda envolve deputados estaduais e federais na briga por recursos financeiros ao Nardini. “Se cada deputado direcionar R$ 20 mil através de emendas resolveríamos o problema da Saúde”, explicou Manoel.

Informado sobre as declarações de Serra sobre o Nardini, o democrata disse que “o governador é um homem inteligente e não usaria essas palavras”. “Ele deve ter dito que não é a favor da estadualização”, completou.

Jonrnal ABCD Maior.